SOBRE O PROJECTO EXPO

O Ondjango Feminista organiza anualmente uma Exposição Colectiva, com o objectivo de fomentar a reflexão feminista por meio da arte, que procura realçar a arte como ferramenta de intervenção política e oferece visões alternativas sobre a posição das mulheres na sociedade angolana.


Quarta exposição colectiva

ESENJE LI TCHOSI!

Tradição. Sabedoria. Herança.

O Ondjango Feminista prepara-se para a 4ª edição da sua Exposição Colectiva, a realizar-se em Novembro de 2025, com o tema “ESENJE LI TCHOSI! TRADIÇÃO. SABEDORIA. HERANÇA”.

Nesta edição, propomos uma escuta atenta aos arquivos vivos que as mulheres carregam e partilham: os provérbios, as línguas nacionais, os gestos do quotidiano, as histórias contadas à boca pequena, as figuras míticas e reais que nos antecederam.

É uma celebração crítica e poética da resistência cultural das mulheres angolanas — das avós às mais jovens — como guardiãs de saberes, criadoras de símbolos e forças de transformação.

Será uma imersão profunda nas raízes culturais, espirituais e simbólicas do feminino em Angola. Numa sociedade marcada por rupturas coloniais e silenciamentos históricos, este tema convida as artistas a escutarem e activarem os arquivos vivos que habitam os provérbios, os panos, as línguas nacionais e as práticas orais. É um apelo à valorização da sabedoria ancestral das mulheres, muitas vezes transmitida em surdina, mas essencial na formação de resistências e identidades.

A exposição convida a uma reflexão crítica e poética sobre o modo como figuras como Kianda, Rainha Nzinga, Kimpa Vita e outras ancestrais continuam a habitar o presente — não como mitos distantes, mas como forças inspiradoras que moldam o quotidiano e os horizontes de liberdade das mulheres angolanas. As artistas são desafiadas a reimaginar essas heranças, a dar corpo e forma a cosmologias femininas e a promover, através da arte, a preservação e a reinvenção simbólica da cultura. É um convite à criação de obras que celebrem o legado das mulheres, interroguem os esquecimentos históricos e projectem futuros ancorados em saberes de ontem, reinventados para os amanhãs que se constroem.

Estás pronta para transformar memória em arte?

Se és uma artista angolana, ou aspiras em ser, fica atenta!

As candidaturas abrem no dia 18 de Julho. Vamos seleccionar artistas para um percurso que inclui uma formação, acompanhamento curatorial, e uma exposição final. Em breve partilharemos todos os detalhes sobre como participar.

Segue a trilha!

Para mais informações e inscrições, clica no link para ler o artigo completo: 

#ExpoColectiva #EsenjeLiTchosi #OndFeminista #RompeLuanda #Otratierra


Terceira exposição colectiva

ABYSMUUS - Entre os Espaços e os Acessos

O Ondjango Feminista tem a honra de apresentar a 3ª edição da sua Exposição Colectiva, denominada "Abysmuus – entre os Espaços e os Acessos".

Para essa edição, temos novidades! O projecto prevê um programa mais abrangente, começando com uma formação e terminando com a exposição. Contaremos com a colaboração e parceria com a Rompe Luanda e a Associação Otratierra.

O objectivo desse projecto é fomentar a reflexão feminista por meio da arte como ferramenta de intervenção política, que permite expor, criticar e oferecer visões alternativas para a posição das mulheres na sociedade angolana, criando um espaço de reflexão sobre como as mulheres se relacionam com diferentes eventos históricos do país, os seus anseios, medos, frustrações e alegrias com o estado da nação. O percurso de formação e exposição servirá como base para mostrar como as mulheres são definidas, como elas se definem, e também como elas influenciam essa trajectória.

O tema "Abysmuus – entre os espaços e os acessos" procura reflectir sobre a necessidade urgente de confrontar a discrepância entre a percepção pública de espaços acessíveis e a realidade enfrentada pelas mulheres em Angola.  Este tema, embora poético, aponta para uma realidade austera: o abismo que separa a idealização de um mundo onde as mulheres têm acesso irrestrito e igualdade de oportunidades, e a dura realidade das barreiras sociais, económicas e culturais que continuam a existir. As artistas são chamadas a realizar uma crítica incisiva desse abismo, explorando as condições reais de acesso aos espaços que supostamente estão abertos a todos, a abordar as barreiras que impedem as mulheres de ingressarem e participarem plenamente da vida social, política, econômica e cultural do país. As artistas farão também uma reflexão sobre como as estruturas de poder existentes reforçam essas barreiras e ampliam a distância entre a idealização e a realidade.

Sendo assim, são chamadas todas as mulheres produtoras de arte, a se inscreverem nesta edição da nossa Exposição Colectiva. As inscrições estarão abertas até ao dia 20 de Agosto de 2024 .

Para mais informações e inscrições, leia o artigo completo: 

#Abysmuus #ExpoColectiva #OndFeminista #RompeLuanda #Otratierra


Segunda exposição colectiva

ESTAÇÃO 21’02

Porquanto a primeira edição da exposição abordou a independência de 1975, para a 2ª edição pretendemos sublinhar o aniversário da paz - 2002. Denominada ESTAÇÃO 21’02, a exposição é pensada como um projecto que visa olhar para o país 21 anos depois da proclamação da paz, e a partir disto, fazer uma projecção futurista feminista, através da qual as artistas representarão como o País será ou deveria ser passados 100 anos do fim da guerra.

Numa trajectória que começa em 2002, a Estação 21’02 não representa um ponto de chegada, mas sim duas paragens. A jornada continua para além deste ponto, embora seja um marco histórico importante. Portanto, a exposição é um início de conversa sobre os futuros que queremos construir.

Tal como a história e o presente, o futuro é um importante campo importante de contestação política. Tanto a arte como a reflexão feminista angolana raramente se debruçam sobre o futuro, a necessidade de imaginarmos e projectarmos alternativas para o País. Pensamos que isto é sintomático de um projecto político, económico e sociocultural que mantém as pessoas focadas em resolver problemas urgentes do dia a dia, cerceando a esperança de que as coisas possam ser radicalmente diferentes.

A exposição procura ir contra essa corrente, reivindicando o futuro e poder transformador das utopias como ferramenta de transformação social, e uma forma de exercitar a nossa responsabilidade colectiva com as futuras gerações.

Portanto, esta edição da exposição pensa a arte como mediadora dos nossos sonhos para o País enquanto mulheres feministas. Pensa nela como um meio de influenciar politicamente as esferas sociais, de ousar e romper barreiras estruturais e estruturantes; consolidando assim numa intervenção social e política.

Link directo à pagina, para mais informaçoes:

Primeira exposição colectiva

EM DEPENDÊNCIA

Independência
substantivo feminino

  1. estado, condição, caráter do que ou de quem goza de autonomia, de liberdade com relação a alguém ou algo.

  2. caráter daquilo ou daquele que não se deixa influenciar, que é imparcial; imparcialidade.

Nação
substantivo feminino

  1. agrupamento político autônomo que ocupa território com limites definidos e cujos membros respeitam instituições compartidas (leis, constituição, governo).

  2. território ocupado por esse agrupamento; país.

A 11 de Novembro celebra-se em Angola o dia da Independência Nacional.

A ideia de independência nacional remete-nos à autonomia integral não só do território, mas de todas, todos e todxs que nele se encontram, inclusive das mulheres. Passados 46 anos, uma realidade marcada por exclusão, violência, e desigualdade evidencia um caminho ainda longo para uma independência que se materialize como a substantiva e efectiva realização dos anseios e direitos das mulheres. A liberdade das mulheres em Angola continua condicionada. Permanece dependente.

Em Dependência”, a 1ª Edição da Exposição Colectiva do Ondjango Feminista pretendemos trazer reflexões de mulheres artistas sobre como as mulheres se relacionam com a ideia de independência nacional: o ideal, a realidade, a memória, a política, o quotidiano, e tudo o resto.

Estão abertas as candidaturas para artistas de todos os géneros. Referimo-nos às mulheres como uma categoria inclusiva para incluir mulheres cis, trans, intersexo e não binares.


ARTISTAS SELECIONADAS.ES


AS OBRAS