FAOFEM'18: Construindo um caminho
Por Leopoldina Fekayamale
”Realizamos a 3ª edição do Fórum Anual do Colectivo Ondjango Feminista nos passados dias 30 de Junho e 1 de Julho, e passados três anos atrevo-me a dizer que estamos a construir um caminho, sim: um caminho!”
Autarquias: qual é a fasquia?
POR ÂUREA MOUZINHO
As autarquias são tanto uma causa feminista quanto a luta contra a violência baseada no género. Advogar para que elas sejam feitas de forma justa e transparente, é também parte de assegurar que os direitos das mulheres sejam respeitados, pois, como sabemos, os direitos são indivisíveis e inalienáveis.
As meninas quase da família
POR LEOPOLDINA FEKAYAMÃLE
Normalmente, vai-se buscar essas meninas no interior do país, nos locais a que comummente e de forma preconceituosa chamamos de “mato”. Muitas mulheres, várias vezes, com as justificativas de dar novas oportunidades a essas meninas, como a de estudar, afastam-nas dos pais, trazem-nas para a “cidade”.
Sobre mulheres e crocodilos
POR GRETEL MARÍN
O que aconteceria com uma sociedade se uma grande parte dela tivesse de ser surda, cega e muda para sobreviver?!
A paz também passa pelo fim da violência contra as mulheres
POR CECÍLIA KITOMBE
A construção da paz social passa também pela criação de espaços e cidades acessíveis para todos e todas com segurança, onde, por exemplo, as mulheres possam aceder aos espaços públicos, erguer as suas vozes sem medo do assédio, retaliação ou estupro, pelo simples facto de serem mulheres; onde o direito à vida, ao respeito e à integridade física não se questionem por constituírem os valores da paz.
O Livro da Paz da Mulher Angolana
O Livro da Paz não nos conta só a alegria das mulheres por já não terem de ouvir as armas, conta-nos também, de formas explícitas e implícitas, sobre as inúmeras injustiças do ponto de vista político, económico e social que várias mulheres passaram durante as épocas pré-paz e pós-paz.
O que aprendi com o Ondjango Feminista
"Eu já era feminista quando me juntei ao Ondjango. Eu já era contra o racismo, contra a exclusão social, contra a xenofobia, a homofobia, a transfobia e até contra o especismo. Também já sabia que todas as injustiças sociais do mundo andam juntas, como se um cordão as unisse em silêncio, sorrateiro e mesquinho. O exercício que me faltava era olhar para mim mesma. E esse exercício é tudo."
Respeito à vida!
Não poder decidir sobre o próprio corpo implica não poder dizer NÃO a situações que põem em risco a saúde e, em muitos casos, a vida das mulheres. O respeito à vida do qual tanto se fala quando o assunto, por exemplo, é o aborto não serve também para as mães? O nosso respeito à vida precisa prever e criar contextos nos quais as mulheres tenham liberdade e autonomia sobre si mesmas e possam tomar as decisões que forem necessárias para se auto preservarem física e emocionalmente, sem pressões externas.